top of page
  • Black Facebook Icon
  • Black Instagram Icon
  • Black Twitter Icon
  • Preto Ícone YouTube

O que você quer ser quando crescer?



“O que você quer ser quando crescer?”

Quem nunca ouviu essa pergunta? E por que será que não perguntam se queremos ser felizes?

Desde crianças somos incentivados a pensar no que queremos fazer PROFISSIONALMENTE quando formos adultos. E na escola já somos apresentados a vasta opção de profissões que poderemos assumir.

Para não ficar pensando só no mercado do trabalho, surgiu um movimento nas escolas para desenvolvermos o “Projeto de Vida” do aluno. Está previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e aparece como eixo estruturador das práticas escolares, porém não se sabe como podemos aplicar esse conceito.

A proposta do projeto de vida é oferecer as perguntas certas para que os jovens possam desenvolvê-las de acordo com suas perspectivas. Para Roberta Amendola “o papel da escola e da família é estimular a reflexão sobre o campo de possibilidades dos alunos: a identificação de diferentes estilos de vida baseados em escolhas livres e responsáveis em função do contexto socioeconômico deles.” (AMENDOLA, 2020, s/n). Podemos complementar dizendo que “significa, nesse sentido, assegurar-lhes uma formação que, em sintonia com seus percursos e histórias, permita-lhes definir seu projeto de vida, tanto no que diz respeito ao estudo e ao trabalho como também no que concerne às escolhas de estilos de vida saudáveis, sustentáveis e éticos.” (BNCC, 2018, p. 463).

Amendola (2020) propõe que o projeto de vida seja desenvolvido em três dimensões: pessoal (autoconhecimento), social (vida em sociedade) e profissional (mundo do trabalho).

Na dimensão pessoal o jovem reflete sobre identidade, valores, família, emoções, sentimentos, diversidade, autoaceitação, autoestima, empoderamento. A dimensão social contempla as relações interpessoais, impacto dessas relações, desenvolvimento do senso de responsabilidade, ética, empatia, direitos e deveres. E na dimensão profissional é desenvolvido a atuação produtiva do jovem, identificando e fortalecendo habilidades, competências e conhecimentos que irão ajudar na sua progressão profissional. “O desenvolvimento dessas três dimensões contribui para a formação de jovens cidadãos críticos, autônomos e éticos, capazes de identificar e realizar objetivos alinhados ao presente e ao futuro que desejam para si e para o mundo” (AMENDOLA, 2020, s/n).

Furlani e Bomfim (2010), a partir do estudo que fizeram sobre os projetos de vida de jovens de ambientes rural e urbano, constataram que os jovens se prendem ao imediatismo, limitando o desenvolvimento de seus projetos de vida. E que “os códigos culturais e processos históricos têm influência sobre os projetos em nível individual, no que tange aos níveis de exploração, desempenho, performance, avaliação e definição da realidade.” (FURLANI E BOMFIM, 2010, p. 58).

Podemos concluir que,

Dessa maneira, o projeto de vida é o que os estudantes almejam, projetam e redefinem para si ao longo de sua trajetória, uma construção que acompanha o desenvolvimento da(s) identidade(s), em contextos atravessados por uma cultura e por demandas sociais que se articulam, ora para promover, ora para constranger seus desejos. Logo, é papel da escola auxiliar os estudantes a aprender a se reconhecer como sujeitos, considerando suas potencialidades e a relevância dos modos de participação e intervenção social na concretização de seu projeto de vida. (BNCC, 2018, p. 473)

 

REFERÊNCIAS

AMENDOLA, Roberta. Projeto de vida: qual é o seu e o dos seus alunos? 2020. Disponível em: https://educatrix.moderna.com.br/projeto-de-vida-qual-e-o-seu-e-o-dos-seus-alunos/. Acesso em 29/10/2020.

BNCC. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em 28/04/2020.

FURLANI, Daniela Dias; BOMFIM, Zulmira Áurea Cruz. Juventude e afetividade: tecendo projetos de vida pela construção dos mapas afetivos. Psicologia & Sociedade; 22 (1): 50-59, 2010.

 

Obs.: Atividade proposta pela disciplina "Juventude, Trabalho e Escola" do mestrado PROFEPT. Deveríamos refletir "Que imagem sobre a juventude me afronta e me confronta?", escolher imagens publicadas nas mídias sociais que trate das práticas e culturas juvenis e sociabilidades e elaborar um texto de análise de cada imagem dialogando com os autores dos textos básicos.

 
 
 

Comments


bottom of page